23 de junho de 2009

De ponto em ponto...

Não sei se vcs lembram do bordado em ponto cruz que estava fazendo neste post aqui.
Agora já posso dizer que era um quadro para o quarto do meu priminho, que nasce mês que vem. Acabei-o há algumas semanas:


Estava ansiosa para vê-lo emoldurado e fiquei satisfeitíssima com o resultado! Achei que o trançado da moldura combinou muito bem com o xadrez do bordado. Queria uma coisa clean, que não interferisse no estilo da decoração do quarto. E gostei do formato também.

Aqui ainda no tecido, pra que se veja melhor os pontinhos (uma pena que no caso do ponto cruz as fotos não consigam retratar bem a realidade...):

Acho interessante passar algumas dicas sobre bordados em étamine que serão emoldurados(depois de ter errado vááááárias vezes e não ter achado nada na net que me ajudasse...):
- lave o tecido antes de começar a bordar e, depois de seco e passado a ferro, passe "termolina" na volta toda dele para que não desfie;


- deixe um pouco de sobra de tecido: não corte rente, pois é preciso que tenha espaço entre o desenho e a moldura;

- na hora de bordar, tente não apertar os pontos, porque isso faz o tecido entortar; e procure arrematar bem as linhas atrás, pois se ficarem soltas vão causar uma "sombra" no étamine;

- é essencial pedir que não colem o tecido pois é muitíssimo provável que manche (tive dois trabalhos manchados)! Para isso, vc tem mesmo que deixar sobra no tecido e pedir que virem e colem por trás da madeira;

- peça que ponham um papel branco por trás do étamine, caso contrário ele fica transparente e a madeira de trás fica aparecendo, o que tira a beleza do bordado;

- e por último, escolha um vidro antirreflexo: o preço não é tão diferente e o resultado é inigualável! Ah, e capriche na moldura: de preferência básica, para que o bordado seja realçado!



Como sempre, combinei dois gráficos diferentes: a moldura xadrez está aqui . E as letras, que amei de paixão, são daqui. Acho que os quadrinhos de nascimento, que estão na moda agora, são ótimos presentes: delicados e duradouros. Há dezenas de gráficos encantadores aqui!

Para o embrulho, papel kraft e palha-da-índia:

...

E também terminei o meu red work. Lembram que o mostrei ainda no bastidor?

Agora já enfeita minha cozinha.
A toalha que usei é Karsten e os lindos pássaros do blog Doe-c-doe, fonte sem fim de beleza! O gráfico está aqui.


Na volta, procurei fazer um crochê bem simples, que acompanhasse a leveza do bordado e do vermelho sobre o branco. Copiei de uma toalhinha que uma tia fez pra mim.

Nas florezinhas todas são pontos margarida. Um pouco trabalhosos, mas muito gostosos de fazer.

(P.S.: Não esqueci do PAP de bordado livre que prometi!)

Happy stitching!

15 de junho de 2009

Hurricane

Ufa! Mal posso acreditar que o meu gorrinho Hurricane está pronto!


Acho maravilhoso o efeito destas linhas que vão se formando. E é muito gostoso de tricotar*.

A primeira vez que o vi foi no blog da Sandra. Lindo em seu esplendor vermelho e amor à primeira vista...

Na hora quis tricotar um pro meu filho. Comprei a lã no mesmo dia (Acalanto, bege) e tentei fazê-lo com agulhas retas... tudo porque eu não queria encarar as famosas agulhas circulares. Estava com medo. A Sandra tentou me ajudar, mas não teve jeito: acho que o padrão só se forma mesmo com as tais circulares. Comprei-as.

Demorou um pouquinho, mas me acostumei e até gostei de trabalhar com elas. A sensação de vitória e de satisfação já me invadiam. Eu era a diva do tricô. E tudo caminhava lindamente até que...

... cheguei à parte das diminuições e o caos (*) resolveu se instalar entre mim e o meu Hurricane. Foram semanas e mais semanas tentando finalizá-lo com as agulhas circulares, mas desconfiei desde o início que era necessário nessa etapa o tal jogo de agulhas de duas pontas!! (isso porque as de 40 cm não alcançam com tão poucos pontos) AAAArggggggggghhh, e eu que achei que tinha medo das circulares...

As de duas pontas deram de 10 a 0 em mim e eu desisti de continuar porque não estava mais me fazendo bem. Estava me irritando e muito. Cheguei a desistir dele e colocá-lo no fundo da sacola dos projetos esquecidos.
Então dei para a história um final não tão digno, mas eficiente: passei-o para a professora de tricô da minha mãe, que terminou de tricotá-lo pra mim!!!
Pena que não aprendi. Mas vai ficar para a próxima... (encarnação... rsrssrs)
Enfim, aqui o Hurricane em sua estreia, numa noite pra lá de gelada:

E para encerrar, o que achei muito interessante na história original desta receita, que está aqui, é que nos comentários do post uma mulher conta que tricotou o Hurricane (que significa "furacão") na época do Furacão Gustav, em New Orleans, e que o padrão tranquilo, em que as linhas vão se formando facilmente, foi capaz de dar a ela a calma que precisava. Lindo!
Então, bons tricôs a você e muita tranquilidade!

10 de junho de 2009

De como não tricotar um cachecol...

Sabem como fazer este cachecol?

Fácil: é só não tricotar!
Confesso que me deu um frio na espinha cortar o novelo inteirinho dessa lã maravilhosa que é a Artesano, da Cisne (vejam que cores divinas aqui), mas eu cismei que queria um cachecol assim, bem desfiado. Se não desse certo, teria que emendá-los com nós e tricotar... fazer o quê?


Na verdade, fiquei em dúvida entre essa ideia e a deste cachecol trançado, da Berroco. Então cortei os fios bem compridos para fazer a tal trança: uma delícia - é só formar três conjuntos de fios e ir trançando tudo, como fazemos com o cabelo! O efeito de "corda" ficou muito bacana, meio rústico, mas o problema é que, ao dar as voltas no pescoço, ele ficou muito volumoso. Resultado: fui para o plano B: simplesmente juntar os fios todos e usar.

Agora é que entram vocês: o que devo fazer para finalizá-lo? Sim, porque os fios ficaram soltos e ao tirar e pôr eles se soltam! A única maneira que encontrei foi dar um nó em cada ponta, mas não gostei, porque fica aquele efeito largo e bem solto no comprimento e de repente vem o nó, afinando. E eu não queria aquele estilo gravata, com um elo feito de tricô, ou uma flor, pois eu faço questão de dar o nó no pescoço. Difícil, né? Mas tenho certeza de que vocês, criativíssimas, vão me ajudar!

Ah, detalhe: usei-o esta semana, assim mesmo:

E esta é a belezura em que estive trabalhando nos últimos dias:

Me dá uma alegria gostooosa cada vez que olho pra ele... Está prontinho agora; só falta lavar.

Minha mãe disse que estou na fase do vermelho. E não é que é?!

3 de junho de 2009

Black

Mais uma golinha tricotada:

B.L.A.C.K



Mais uma vez usei o fio Acalanto, que achei lindo e muito gostoso de trabalhar, além de macio.

Tive a maior dificuldade para encontrar os botões certos, por incrível que pareça, já que imaginei que com o preto qualquer um casaria bem...

Estas bolinhas eu já tinha no meu "estoque". O ruim é que elas teimam em sair pelos pontos... Ainda tenho que dar um jeito de fixá-las.

A receita é a mesma que usei neste aqui, porque é muuuuito rápida e gostosa de fazer e eu estava, digamos, com uma certa pressa em vestir o meu pescoço de preto... se é que vocês me entendem...

em cores, pra que se possa ver melhor o resultado